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Um assassinato. |
A obra: ‘O poema que morreu’, tem
17 anos e já recebeu diversos prêmios. Foi escrito quando o autor
cursava o primeiro período da faculdade de Jornalismo. Usa a linguagem
da reportagem policial para narrar uma história de decepção
amorosa. O que a princípio parece um crime surrealista – a morte
do poema – na verdade é o fim de uma paixão, escrita em
forma de poesia por um jovem poeta. A cena é construída a partir
da possibilidade de um suicídio ou um assassinato e aos poucos são
introduzidos os diversos personagens, tais como o delegado, o legista, os repórteres,
pessoas comuns e anônimas que aparecem como curiosos e até mesmo
o ponto de interrogação, que fica passeando pelo local. Recentemente
foi o terceiro colocado no 1º Concurso Nacional de Poesia para Jornalistas,
promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do
Rio de Janeiro, com patrocínio da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) com apoio da Federação
Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Academia Brasileira de Letras (ABL). O
poema foi o único classificado do Rio de Janeiro no concurso, que reuniu
mais de 200 trabalhos. A obra abre o livro de poesia 'Pedra, Poesia, Pedregulho',
de Ricardo França, que deverá ser lançado durante o 2º
Poêtisá, em novembro.
Brevemente o poema será transformado em um curta-metragem. Depois de
ter sido "velado" em uma urna funerária nas dependências
do Sesc-Madureira, no dia 15 de maio de 2004, durante a realização
do II Fest Poe, ele "ressuscitará" para virar curta-metragem.
A produção está sendo feita pela produtora friburguense
Urânia Criações, a mesma que realizou o 1º Poetisa
– Festival de Poesia em Nova Friburgo, junto com o curso de Comunicação
Social da Universidade Estácio de Sá, em novembro do ano passado.
De acordo com Thiago Mello, responsável pelo roteiro, o curta fugirá
da narrativa linear, enveredando por uma linha pós-moderna. “Pretendo
explorar uma linguagem fragmentada, misturando os planos e os cortes dos diversos
momentos do poema, introduzindo, por exemplo, o adolescente, que no texto
encerra o poema, já no início do curta-metragem”, revela.
A reconstrução do poema-reportagem para a linguagem cinematográfica,
segundo Ricardo França, tem tudo para dar certo. “O poema nos
remete a um enredo de imagens surreais, porém tem princípio,
meio e fim. É poético, jornalístico mas pode ser também
cinematográfico. O grande desafio será mesmo embaralhar esses
conceitos numa visão pós-moderna, que é o que o Thiago
pretende fazer. O resultado será muito interessante”, acredita
França.
O autor, Ricardo França de Gusmão,
é poeta e jornalista. Especialista em Telejornalismo pela Universidade
Estácio de Sá. Detentor de diversos prêmios literários.
Como jornalista foi Repórter Especial do O DIA, onde conquistou o Prêmio
Internacional de Reportagem da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP-Miami),
em 1997, categoria Direitos Humanos, com a série de reportagens investigativas
‘Nota 10 em Violência’, denunciando o tráfico de drogas
nas escolas do Rio. A reportagem foi considerada a melhor contribuição
da Imprensa nas Américas no combate ao narcotráfico. Foi repórter
e roteirista do DOCUMENTO ESPECIAL, da TV Bandeirantes. Em 1999 recebeu Moção
da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro pela relevante contribuição
à sociedade como poeta e jornalista. Atualmente é professor de
Jornalismo, Supervisor de Operações do Núcleo Prático
de Comunicação (NUCOM) e Coordenador de Mídia Impressa
do curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá, campus Nova
Friburgo. É Diretor-Cultural da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da
Folia da Cidade Maravilhosa. Idealizador do PoÊterÊ e idealizador
e organizador do PoÊtisÁ, festivais de poesia de Teresópolis
e Nova Friburgo, respectivamente. É Delegado da APPERJ em Nova Friburgo.
Contatos: ricardofranca@estacio.br
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