Bom
Dia, Amigo(a) Assinante, (ou Boa Noite)
Inaugurada
nossa seção de e-Books:
A Casa da Cultura desenvolveu uma técnica de edição
de e-Books que consegue oferecer ótimo padrão
gráfico e aspecto visual, com arquivos pequenos. Através
dela, o visitante ou assinante pode fazer o download de um
e-Book rapidamente, e depois fazer quantas cópias quiser
e enviá-las por e-mail a quem desejar, sem nenhuma
dificuldade.
Após termos obtido essa técnica, convidamos
escritores de qualidade para integrar uma série de
e-Books que foi batizada de Coleção Arte Literária,
que consistirá de livros de poesia, ensaios, contos,
crônicas, romances, teatro e artigos. [Conheça
outros detalhes de nossa proposta de edição
de e-Books]
Os e-books poderão ser baixados livremente, sem necessidade
de identificação de quem faz o download, sem
qualquer exigência prévia ou burocracia. As edições
são isentas de qualquer tipo de propaganda.
Esse projeto segue a filosofia da Casa da Cultura [queira
ver] de ser um veículo cultural livre e gratuito,
alheio a qualquer interesse comercial.
A coleção está sendo inaugurada hoje,
com chave de ouro, com oito e-Books do escritor português
José Luis Ferreira: sociólogo e filósofo
das artes (veja próximo tópico). Os livros já
estão à disposição de nossos(as)
assinantes e visitantes para download. [Página
de download de e-Books, clique aqui]
José Luis Ferreira: escritor português,
nascido em 1938, com origem acadêmica na sociologia,
ciência da qual foi pesquisador e docente, mas que a
partir dos anos 70 enveredou para área de administração
e gestão empresarial e consultoria de empresas, desenvolvendo
projetos em áreas muito diversas, da publicidade à
tecnologia industrial; participou de comissões do governo
português e foi diplomata nos Países-Baixos.
É poeta, ensaísta e prosador, com vasta bibliografia
editada e inédita; é também crítico
de artes e de literatura, além de promotor e divulgador
de arte e eventos culturais. É conhecido principalmente
por seus escritos críticos e filosóficos sobre
artes plásticas: é autor de artigos, ensaios,
palestras, conferências, monografias e prefácios
em catálogos de centenas de exposições
de artistas plásticos contemporâneos, participou
e interveio em congressos, simpósios e diversos júris
de exposições coletivas, em Portugal e em diversos
outros países. Membro, entre outras, das Instituições:
Sociedade de Língua Portuguesa, ANAP-Associação
Nacional dos Artistas Plásticos. dos Comitês
de Portugal para a AIAP- Association Internationale des
Arts Plastiques (UNESCO) e Luso-Galaico para
o Desenvolvimento Cultural e do Círculo Cultural
e Artístico Artur Bual, Ass. Les
Amis de Marcel Gili.
A
Casa da Cultura tem orgulho de oferecer a seus assinantes
e ao público em geral 3 e-Books de ensaios filosóficos
sobre arte desse importante pensador: "Artes
Plásticas Em Português", "Arte
Contemporânea -- A Falência", e
"Hiper-Realismo". [Para
ir para a página de download dos e-Books, clique aqui]
Ainda
no gênero ensaio, apresentamos também "A
'Nova Evidência' & Os Árbitros Conservadores
da Elegância" que trata da filosofia da
desordem mental. [Clique
aqui para visitar a página de download dos e-Books]
Mas
a surpresa fica por conta das poesias. O José-Luis
poeta não é o José-Luis erudito, o José-Luis
crítico, profissional, político. É o
José-Luis "apenas" homem, que busca a ideal
liberdade e leveza que esse "apenas" pode significar.
Parece que suas concessões à vida prática,
e suas conquistas profissionais ou intelectuais não
lhe serviram nem de grilhões nem de couraça.
Ele fala do amor com sublime simplicidade e romantismo em
"A um Amor Desconhecido" (Vide
abaixo alguns poemas extraídos do livro), fala da vida,
da morte, da política, da natureza, de cidades, de
ecologia, do cosmo, de ruínas em "Construção
Civil", e na introdução de "Letra
Morta", à qual dá o nome de "Pórtico",
revela o segredo de sua alma viva de poeta, que atravessa
ilesa esse mundo. (Vide trecho abaixo); nesse mesmo livro
ele apresenta algumas de suas composições de
estilo concretista. [Clique
aqui para acessar os 3 e-Books de poesias].
Para encerrar
a coleção editamos "Cruzamento
na grande área", livro de Solilóquios,
Monólogos e Diálogos, que aborda temas diversos,
entre os quais a mudança dos valores culturais tradicionais
portugueses, para uma cultura internacionalizada e consumista.
[Clique
aqui para acessar e-Books de José Luis Ferreira].
Muitas
outras obras, dos mais diversos gêneros, todas
gratuitas e sem propaganda de qualquer tipo, você encontra
em nosso sítio
WEB, não deixe de nos visitar. Agora temos um mural
informativo das últimas novidades, atualizado diariamente:
[Link
para o mural de últimas novidades da Casa da Cultura]
Um
abraço fraternal,
Casa da Cultura
AJUDE A DIVULGAR A CASA DA CULTURA retransmitindo nossas comunicações
a seus amigos e conhecidos.
Obrigado.
Trecho
extraído de "Pórtico"
(Introdução
ao Livro
"Letra Morta")
(...)
Considerei
o processo tão lógico como vital à
duplicidade da minha existência. Fiz um pacto comigo,
perante o deus e o diabo (possessores da minha presumível
consciência). Dissimulei o meu autismo serrano na
esquizofrenia urbana. Com a mais atenta vigilância,
iniciei duas vidas simultâneas, tão paralelas
como virtualmente antagónicas:
--
uma, onde, sem actualizar o carácter, respondi quantum
satis às mais sensatas exigências consuetudinárias
de uma sociedade senil, hipócrita e complexada;
--
outra, em que, evadido de obrigações irracionais
com os costumes implicados na sobrevivência ordinária,
paguei o luxo de ser livre, rompi com o stablishment
e inventei uma gaiola para sustento e consumo próprio
deste vício de sonhar uma autonomia secreta, orgulhosa
da clandestinidade tão humana quão humilde,
de ser poeta.
(...)
Plágio
de um poema apócrifo
(Poesia
extraída do Livro
"A um Amor Desconhecido")
|
Há
um sonho de amor
em cada madrugada
Há uma madrugada
em cada sonho
de amor
Há sonho
amor
e madrugada
|
À
musa de um poeta morto
(Poesia
extraída do Livro
"A um Amor Desconhecido")
|
Vês
amor meu além
é o céu
o
meu amor não é de cá
é de lá
e
o teu ?
Tu
és a cidade
vês o luar da cidade
conheces
o mar
vives em jardins
tu
vês gente em toda a parte
e
só na solidão em que te escondes
idêntica
solitária
tens
no horizonte outras paisagens
conheces
as serras
os campos cultivados
tu
vês florestas e comboios e autocarros
conheces
nomes doutros países da terra
tu
vês artificialmente o bem e o mal
conheces
tudo aquilo que te ensinaram
tu
vês os meus olhos e beijas a minha boca
conheces
no peso incauto a vertigem
o
sabor total espantado do meu corpo
e
o meu amor ?
amor meu ?
não
é de cá
é de lá
e
o teu ? |
Um
medo obrigatório
(Poesia
extraída do Livro
"A um Amor Desconhecido")
Eu
desconhecido amei-te
nunca
eu
acidente sou versos que
os teus netos de algum dia
lerão
por castigo sobre a tua morte
Em
ti encontrei-me
só
no reflexo dos teus olhos
-
na
ilusão dos teus lábios pintados
Arranco
com os braços que me nasceram
um pecado mais
conceito
prescindível fé
maligna
um medo obrigatório
O
himalaia foi feito para sepultar uma mentira
Amar-te
sempre é um lapso
a
lembrança o paradoxo absolutamente indiscutível
de
estar vivo não é uma falência ética
é uma autoconcessão
Todavia
este mesmo é um verso meramente introdutório
A
um poema interminável que nunca
será escrito
Quando
abri as portas cerradas da tua boca entre dentes
guardavas
nela
antiquária
a virgindade inerte
um
conceito prescindível
fé maligna um
medo obrigatório
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