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Dia, Amigo(a) Assinante, (ou Boa Noite)
"Lobos
reais e falsos cordeiros", artigo de Mônica Waldvogel:
Lembra a velha fábula do lobo e do cordeiro?
aquela em que o lobo bebe no rio e acusa o cordeiro, que bebia
mais abaixo, de turvar a sua água? A
brilhante jornalista Mônica Waldvogel parte dessa situação
para expor, nesse excelente artigo que hoje publicamos, a
hipocrisia do governo de George Bush na Guerra do Iraque.
[Clique aqui para acessar a série de artigos sobre
a Guerra no Iraque]
Exposição
de pinturas digitais da artista plástica Carmen Thiago:
Algo de extraordinário nessa exposição
são as Mandalas ("Mandala", segundo o Aurélio,
é: No tantrismo, diagrama composto de círculos
e quadrados concêntricos, imagem do mundo e instrumento
que serve à meditação). Independentemente
de qualquer identificação com idéias
místicas ou espirituais, o resultado dessas obras tem
um efeito surpreendente que pode ser apreciado por qualquer
um que as contemple. São cores e formas belíssimas!
De tirar o fôlego. Algo realmente imperdível!
Além das mandalas, há alguns temas
marítimos e paisagens, e fotos de algumas dessas pinturas
digitais compondo luminárias
em acrílico.
[Clique
aqui para ver a exposição]
Muitas
outras obras, dos mais diversos gêneros, todas
gratuitas e sem propaganda de qualquer tipo, você encontra
em nosso sítio
WEB, não deixe de nos visitar. Agora temos um mural
informativo das últimas novidades, atualizado semanalmente:
[Link
para o mural de últimas novidades da Casa da Cultura]
Um
abraço fraternal,
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a seus amigos e conhecidos.
Obrigado.
Lobos reais e falsos cordeiros
Mônica Waldvogel
No caso, a fábula de Esopo, aquela do lobo e do cordeiro
que bebiam no riacho, é exemplar (mais pelo lobo e
menos pelo personagem que, aqui, desempenha o papel do cordeiro,
você logo verá). O lobo bebe no rio e acusa o
cordeiro, que bebia mais abaixo, de turvar a sua água.
O cordeiro rebate: como turvar a água se ele estava
mais abaixo da torrente? O lobo retempera o argumento –
se não fora ele, teria sido seu pai. Em seguida, pula
sobre o cordeiro e o come. É engraçado ver aqui,
travestido de cordeiro, o sanguinário Saddam Hussein,
mas é correto entronizar Bush como lobo.
Assim foi que loboBush acusou o (falso) cordeiroSaddam de
ter armas químicas e biológicas de destruição
em massa. Saddam jurou que não tinha, mas como a sua
palavra não valia (e ainda não vale) um níquel,
loboBush não acreditou. Frente ao mundo, loboBush disse
que tinha todas as provas porventura necessárias para
provar que cordeiroSaddam tinha as armas e ia incendiar e
contaminar o mundo. Tanta foi a insistência, que muita
gente começou a acreditar que podia ser verdade.
A oposição mundial aos falcões norte-americanos
acusou loboBush de inventar moda para faturar, com seu secretário
de Defesa Donald Rumsfeld, ambos aferrados e ligados a empresas
da área petrolífera pouco aquinhoadas no Iraque
de cordeiroSaddam (que preferia fazer parcerias com as empresas
russas e francesas). LoboBush e loboDonald tiveram uma idéia
genial: primeiro explodiam o Iraque, em seguida construíam
tudo outra vez. E as empresas dos amigos deles, como a Halliburton,
iam encher a burra de dinheiro.
No meio, havia alguns pequenos problemas. Dezenas (talvez
centenas) de milhares de iraquianos morreriam na guerra de
invasão e na guerra de resistência que se seguiria.
Centenas (talvez milhares, a depender do tempo da ocupação)
de soldados norte-americanos estão morrendo na guerra
de resistência promovida pelos iraquianos inconformados
com a invasão. Mas isso estava nos cálculos
de loboBush e loboDonald. Para dizer a verdade, eles acharam
friamente que valia a pena pagar (eu disse pagar? Errado:
eles estão recebendo) o preço.
As contestações vieram com o tempo, cada vez
mais evidentes, de que loboBush tinha mentido. Primeiro, na
Inglaterra, seu primo lobo Blair já estava desmoralizado
com a comprovação de que os relatórios
secretos sobre a existência das armas foram montados.
Nenhum relatório conseguiu provar que havia armas,
nenhuma arma foi encontrada, nenhum local de fabricação
de armas foi localizado. LoboBush não se apertou: em
plena campanha pela reeleição, continuou afirmando
que a comprovação da existência das armas
era mera questão de tempo.
Agora veio a pá de cal, a confirmação
final: mais de um ano depois, o chefe da equipe de buscas
das armas químicas e biológicas em território
iraquiano depôs anteontem no Senado e confessou que
não encontrou o mais leve indício de armas.
LoboBush saiu de banda. Disse que se cordeiro Saddam não
tinha armas, nada o impedia de construí-las mais à
frente. Ninguém acreditou e ele voltou à carga
– disse que, com armas ou sem armas, cordeiroSaddam
era um risco para a Humanidade. E declarou-se resolvido e
completamente sem culpa de consciência.
Esta é uma história que soa inacreditável,
eu sei. Se estivesse sendo contada por um romancista, você,
leitor, recusaria o argumento e o livro, sob a impressão
de que era tudo uma mentira global pouco crível, pouco
palpável e sem consistência moral e política.
Mas essa história aconteceu – pior, está
acontecendo – e está se enterrando nos subterrâneos
onde a ética não existe. E depois ainda tem
gente que critica o povinho brasileiro.
Este artigo foi publicado originalmente
no Jornal O Paraná, no dia 09/10/2004,
e é reproduzido aqui com autorização
desse Jornal.
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